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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cinza das Horas


Foto: France Gibson.


Aquele que me olha poesia
E lhe retorno poema,
E me entorno em dilema,
Sem saber precisar
Se me vejo em teus olhos,
Ou se calo em tua boca
Pra afogar essa vontade louca
De me recostar em teus braços,
Estender-me em teus abraços,
Escutar o compasso
Que teu coração ritma
Perto do meu ouvido,
Batendo tranqüilo.
E então abrir a porta,
Deixar que entres
Para que possa ficar
Onde é seu lugar.
Mesmo estando perdido
Nessa tarde furtiva,
Aonde quer que esteja,
Peço seja capaz de voltar pra cá,
Não tardes à chegar,
Se aqui perto de mim
É nosso estar,
Sala-de-lugar,
Horas triste,
Horas vazia,
Oras, não passam!
Ponteiro colado.
Vou tentar queimar as horas.

(Alex Rodrigues)

"Quando tua voz silencia
Tudo em mim cala
Morre como flor
Sem água"
(Aline Monteiro- Antídoto)

3 comentários:

  1. "Aquele que me olha poesia
    E lhe retorno poema,
    E me entorno em dilema,
    Sem saber precisar
    Se me vejo em teus olhos,
    Ou se calo em tua boca
    Pra afogar essa vontade louca
    De me recostar em teus braços,
    Estender-me em teus abraços,
    Escutar o compasso
    Que teu coração ritma
    Perto do meu ouvido,
    Batendo tranqüilo."

    Chorei com essa estrofe!

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  2. Nossa, quem te viu! quem te ler! rsrs tá lindo.

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  3. Cinza das horas - parece algo da Adriana Calcanhotto, bem como o poema... Sinto-me assim quando a ausência de alguém fala mais alto.

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