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domingo, 11 de setembro de 2011

RUMO À METADE


 
Como queria
Seguir
O caminho
Que o brilho
Da lua deixa
Refletida
Na água.
Porque ...
Se olho pra cima
Vejo teu rosto
Pontilhado em estrelas,
E se caminho
Crio esperanças
Despretensiosas
De um dia desses,
Qualquer dia desses,
Chegar
Ao lugar,
Diferente de
Qualquer outro lugar,
Pois esse lugar
É exatamente
 Onde você estiver.
Contemplo o caminho
De prata
Fascinado
Com ânsia de corrida,
Antes que por nós
Faça-se o nada,
E o dia amanheça,
E a lua se esconda,
E me perca
Da tua órbita,
E vague
Sem rumo,
Sem luz,
Sem lua,
Sem chegada,
Sem lugar,
Sem você
Metade de mim.

(Alex Rodrigues)


"Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
Ou de você e eu"
(Os Paralamas - Tendo A Lua)

3 comentários:

  1. Ai, ai... Esse teu poema é um perigo pra quem está apaixonado...

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  2. A minha relação com o Alex é toda dividida em partes, há uma parte poética, uma parte científica,uma parte astrológica e a matemática que junta essas partes e me faz metade dele e ele a minha metade...
    e de "todo" só esse poema: "...é 'todo' seu..." (A. R.)
    Amei, lindo demais...
    bjs

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