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terça-feira, 4 de outubro de 2011

FÓTON LUNAR


Minha avó, dona dos olhos mais doces que já pude ver.


Luar sustenido-se
Em notas horizontais,
Dedilhando luz
Em sons Infinitesimais,
Alimentando de graça
A sede visceral,
Luar singelo,
Meigo,
Sempre magistral,
Para mim já não há outra beleza
Além do teu cristal ocular,
Não ouço outras vozes
Além de o teu silencioso olhar,
Não há algo que me toque 
Intensamente
Do que teu doce suspirar,
Que eleva minha alma
Transborda em esperança
Fazendo-me voar.
Quando da cama
Não vejo seu brilho
Pela fresta da janela
A noite se torna fria
Sem teu fóton lunar,
Restando-me na noite
Apenas um lençol freático
Para aquecer.

(Alex  Rodrigues)



"o que eu cobiço
é o viço fecundo
de tua existência
teu conhecimento tamanho e
revolucionário
sobre a humana idade
que só o homem maduro
e afeito à busca
tal como a lagarta
a borboleta oculta"
(Janete Santos - Vívido)


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