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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lembranças


Minha prima, Elizama. Foto: Alex Rodrigues.

Não me olhas assim,
Com esses olhos negros,
Que chego sentir a noite
Caminhar nas tuas lágrimas,
E o sol vem amanhecendo
Junto a tuas pálpebras,
Que se abrem,
Para diluir o medo,
Me jogar em extremos,
Ouvir o  toque
De notas amadeiradas
Vistas dos teus olhos
Degustadas em Braille,
Pela minhas digitais
Que me afligem,
E mostram
Que és,
Somente,
 Lembranças,
Escritas nesse livro

(Alex Rodrigues)



“No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
[...]
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada”

(Vinícius de Moraes- Ausência)


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